Emancipação de Tapajós é sonho antigo, diz historiador de Santarém


A ideia de emancipação e criação do estado de Tapajós já dura 188 anos, segundo o historiador Hélcio Amaral, 70 anos, que mora em Santarém (PA), cidade que é cotada como uma das candidatas a capital do novo estado. Ele disse que falta vontade política para garantir a divisão do Pará e que, se o Tapajós for realmente criado, terá  condições próprias de desenvolvimento econômico. 
"Acho que mais do que importância, temos a necessidade de emancipar o Tapajós. Isso é histórico. No Brasil Colônia, o Norte foi separado em Norte e Sul. A primeira capital do Norte foi Ceará, a segunda foi São Luís, do Maranhão. A terceira foi Belém, que era a capital de Grão-Pará e São José do Rio Negro."

De acordo com ele, em 1850 o estado do Amazonas foi emancipado politicamente do Pará. "Então, é uma necessidade que o território do Pará seja dividido, porque é muito difícil administrar um território deste tamanho. Por exemplo, o município de Oriximiná tem cerca de 107 mil km² e é um pouco maior do que Portugal, que tem aproximadamente 94 mil km². O nosso território é muito grande para um homem só governar", disse o historiador.
"O sonho vem do Brasil Império. É um sonho antigo, mas um sonho real. Acho que Santarém tem maturidade, tem dez faculdades e uma universidade. Estamos formando pessoas que são capazes de dirigir."
Segundo ele, o Tapajós, se for criado, tem capacidade econômica para se desenvolver. "O que está faltando mesmo é vontade política. Por isso, Tapajós será o primeiro estado criado por plebiscito. Todos os outros estados foram criados por decreto lei. Precisamos dividir o Brasil para podermos nos desenvolver. Essa região precisa, há muito tempo, de um desenvolvimento mais efetivo."
G1

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