Portugal tem a terceira melhor actuação nas políticas de alterações climáticas, diz a Quercus

Portugal subiu oito lugares no índice sobre desempenho nas alterações climáticas, sendo o 3.º entre 58 países, um comportamento justificado pela crise e pela política energética, informou hoje a Quercus.
Os resultados da análise do CCPI (Climate Change Performance Index) 2013 foram anunciados na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP18), a decorrer em Doha, no Qatar, até 07 de dezembro e que reúne 194 países.
«Portugal ficou classificado em 6.º lugar (mas os 3 primeiros não foram atribuídos) em termos de melhor desempenho relativamente às políticas na área das alterações climáticas numa classificação a comparar 58 países que, no total, são responsáveis por mais de 90% das emissões de dióxido de carbono associadas à energia», refere a Quercus.
Assim, «na prática Portugal é o 3.º melhor país», o melhor lugar de sempre, já que, tal como ano passado, os três primeiros lugares não foram atribuídos pois os peritos responsáveis pela classificação consideraram não haver qualquer país merecedor.

O vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, que participa na conferência de Doha, afirmou que, «como o relatório salienta, não deixa de ser espantoso que Portugal seja o terceiro país melhor classificado».
Falando à agência Lusa, ao telefone, o ambientalista avançou que a subida de Portugal do 14.º lugar «surpreende pela positiva, mas também pela negativa».
«Conseguimos este lugar muito à custa da crise que nos tem vindo a afetar e que tem levado a que se reduzam muito os consumos energéticos, na eletricidade e no gás, e na parte rodoviária, no gasóleo e na gasolina», explicou.
«Temos agora consumos por pessoa relativamente baixos e a tendência é de decréscimo», frisou Francisco Ferreira. 
O responsável da Quercus referiu também o papel das renováveis, «quer o seu aumento, quer pelo que já representam para o país, [que é] bastante relevante».
Por isso, alertou, o Governo «não deve descurar de forma alguma, na sua política climática, os investimentos nesta área».
Para a Quercus, o objetivo é fazer com que fracas emissões se consigam, «acima de tudo, a partir da redução do desperdício, pelas indústrias e pelas pessoas em casa», que evitam gastos devido ao aumento dos preços e à crise, e que «continuarão a manter estes níveis, mas melhorando a sua qualidade de vida, quando a crise for ultrapassada».
E isso «só se consegue com uma política proativa de eficiência energética, de preços que promovam a eficiência», disse Francisco Ferreira, realçando que «não se pode perder esta oportunidade». 
Portugal partilha os três primeiros lugares com Dinamarca e Suécia, sendo as piores posições ocupadas pelo Canadá, Cazaquistão, Irão e Arábia Saudita. 
Na União Europeia, a Holanda substitui a Polónia no pior desempenho, enquanto o Brasil tem uma das maiores quedas, ao passar do 7.º para o 33.º lugar, devido à desflorestação.
 A Índia recuou seis lugares e a China melhorou três, enquanto os EUA subiram nove posições, para o 43.º, devido à crise económica e à redução do uso de carvão.
O índice sobre desempenho nas alterações climáticas (Climate Change Performance Index - CCPI) é da responsabilidade da organização não-governamental de ambiente GermanWatch e da Rede Europeia de Ação Climática, integrada pela Quercus.
Diário Digital com Lusa

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