Via Láctea pode ter milhões de planetas habitáveis - Zona Habitável

Astrônomos descobriram um planeta de tamanho próximo ao da Terra orbitando dentro da chamada "zona habitável" de uma estrela. Trata-se do segundo planeta encontrado na zona habitável de Gliese 581. Segundo os autores, a descoberta abre a possibilidade de haver centenas de milhões de mundos potencialmente habitáveis na galáxia.


A zona habitável é definida como a distância da estrela onde a energia que atinge o planeta é suficiente para manter água em estado líquido, na superfície ou logo abaixo do solo.


O planeta é um de dois novos astros encontrados em órbita da estrela Gliese 581, a 20 anos-luz da Terra. Chamado Gliese 581g, o planeta tem um período orbital de 36,6 dias, uma massa que pode estar entre 3,1 vezes e 4,3 vezes a massa da Terra e um raio até 50% maior que o terrestre, diz, por meio de nota, um dos autores da descoberta, Paul Butler, da Pesquisa de Exoplanetas Lick-Carnegie. A gravidade na superfície deve ser de menos que o dobro da terrestre.


O planeta fica bem perto de sua estrela - a distância que o separa dela é apenas 14% da que separa a Terra do Sol -, mas como Gliese 581 é muito mais fraca que o Sol, tem uma zona habitável que começa e termina a uma distância muito menor de sua superfície.


Os autores da descoberta, descrita no Astrophysical Journal, especulam que o planeta pode ter uma face permanentemente voltada para sua estrela. Trata-se do mesmo fenômeno que ocorre na Lua, que apresenta sempre o mesmo lado para a Terra. Se esse for o caso, Gliese 581g teria um lado extremamente quente e o outro, completamente congelado, com uma faixa potencialmente habitável na linha que separa os hemisférios quente e frio.


Gliese 581g não é o primeiro planeta encontrado dentro da zona habitável dessa estrela: outro mundo, Gliese 581d, descoberto em 2007, tem a maior parte de sua órbita dentro dessa região do espaço. No entanto, Gl 581d tem sete vezes a massa terrestre, o equivalente a metade da massa do planeta gigante Urano.


A despeito disso, no ano passado a revista australiana Cosmos coletou mensagens para serem enviadas ao espaço na direção desse planeta, na esperança de que seres vivos de lá, caso existam, sejam inteligentes e possam reconhecer o sinal da Terra.


A estrela também abriga um dos planetas extrassolares de menor massa, Gliese 581e, com 90% mais massa que a Terra. Mas Gl 581e fica muito perto do astro - a distância que o separa da estrela é de apenas 3% da que existe entre a Terra e o Sol.


Com os dois novos planetas encontrados, a estrela agora passa a ter seis mundos conhecidos. De acordo com a nota dos autores da descoberta, o sistema da estrela Gliese 581 sugere que a proporção de estrelas da Via Láctea com planetas potencialmente habitáveis pode ser maior do que se pensava, chegando a alguns décimos de 1%.


Pode parecer pouco, mas o total de estrelas da galáxia é estimado como algo entre 200 bilhões e 400 bilhões - se 0,2% delas tiverem pelo menos um planeta habitável, haveria de 400 milhões a 800 milhões de mundos onde a vida poderia florescer.


Até hoje, foram descobertos cerca de 490 planetas localizados fora do Sistema Solar.


Fonte:
http://www.estadao.com.br/noticias/

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