Intel lança novo chip gráfico antipirataria
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LAS VEGAS, EUA, 6 Jan 2011 (AFP) -Um microprocessador mais seguro e com melhor qualidade de imagem: a nova família de chips “Sandy Brigde”, apresentada pela gigante do setor Intel, é vista pelo meio cinematográfico como uma solução que possibilitará a difusão de filmes pela internet.
Até o presente momento, a Warner Brothers havia evitado colocar on-line filmes em alta definição ou em 3D, com medo da pirataria.
“Vocês acabaram com a nossa desculpa”, declarou o presidente da Warner Brothers Home Entertainment, Kevin Tsujihara, durante uma apresentação da Intel em Las Vegas (oeste dos Estados Unidos), local esta semana do salão de eletrônica (Consumer Electronic Show – CES).
“O Sandy Bridge permite que nós transmitamos nossos conteúdos em nível mundial”, garantiu.
Para a Intel, “este é o melhor produto que nós já construímos”, afirmou o diretor-geral Paul Otellini, prometendo um desempenho de alta qualidade para jogos, imagens e filmes, em um contexto onde o entretenimento é cada vez mais consumido on-line e no computador.
“Nós somos viciados em internet”, explicou o vice-presidente da Intel Shmuel Eden, ao fazer a demonstração dos minimotores do computador.
Esses chips já equipam toda a série de aparelhos, telefones, computadores de mesa e computadores portáteis apresentados nesta semana no CES.
Além da Warner Brothers, vários estúdios de cinema, como a 20th Century Fox e DreamWorks, bem como o indiano Yash Raj Films, trabalharam com a Intel para ajudar a desenvolver um dispositivo antipirataria para o Sandy Brigde, o que pode marcar o advento de uma nova forma de difundir filmes.
Esses estúdios oferecerão seus filmes para computadores equipados com Sandy Brigde via serviços de difusão on-line como Cinema Now. As imagens poderão ser, em seguida, redirecionadas do computador para a televisão.
“Nossa parceria com a Intel é uma ocasião determinante para oferecer aos consumidores nossos conteúdos mais preciosos em um meio seguro”, destacou o presidente da 20th Century Fox Home Entertainment, Mike Dunn.
Eden acredita, por sua vez, que esta inovação será particularmente popular para o grande público, principal vetor do crescimento do mercado de informática. “O consumidor é o Rei” e é para ele que criamos o Sandy Brigde, já “que se trata de consumo e produção de conteúdos numéricos”, acrescentou o vice-presidente da Intel.
Além de beneficiar a indústria do cinema, os chips Sandy Bridge são igualmente poderosos para gerar sistemas de reconhecimento de movimento, o que é promissor para o setor de jogos.
“Nós finalmente temos poder suficiente em informática para possibilitar interação em tempo real entre nós e o computador”, disse Eden. “Em breve, poderemos capturar a imagem de meu rosto e poderei ser o herói – ou se preferirem, o vilão – do jogo”, acrescentou em tom de brincadeira.
Segundo ele, os avanços permitidos pelo Sandy Bridge são tantos que daqui a dois ou quatro anos, os teclados serão tão ultrapassados que vão parecer coisa da “Idade Média”. “Em pouco tempo, não saberemos mais se estamos no mundo real ou no mundo virtual”, acrescentou.
Para Otellini, o Sandy Bridge representará mais de um terço das vendas da Intel a partir deste ano e gerará 125 bilhões em número de negócios para o setor de computadores. O modelo foi desenvolvido para equipar cerca de 500 aparelhos diferentes.
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