Protesto SOS fecha 23 escolas
Pais de 20 mil alunos fecharam ontem 23 escolas privadas com contrato de associação em todo o País em protesto contra os cortes no financiamento. A ministra da Educação, Isabel Alçada, reagiu com dureza. "Encerrar escolas é absolutamente ilegítimo, porque as escolas têm contratos com o Ministério da Educação para estar abertas", disse, esperando receber "informação detalhada" das direcções regionais de educação e admitindo agir juridicamente.
O Governo reduziu as verbas para os colégios com contrato de associação de 114 mil para 80 mil euros por turma. "Os colégios que quiserem celebrar os contratos celebrarão, os que não quiserem, não celebram", afirmou a ministra. De 93 escolas, 57 já assinaram.
No Externato João Alberto Faria, Arruda dos Vinhos, os pais fecharam o portão. "Esta é a única escola do concelho há 40 anos e se fechar não há alternativa", afirmou ao CM Hernâni Silva, presidente da Associação de Pais (AP). Os professores aceitaram reduzir os salários em 20 por cento e os funcionários abdicaram do subsídio de refeição. No Colégio João de Barros, em Meirinhas, Pombal, as portas também se fecharam, mas hoje as aulas são retomadas, de forma a "prejudicar o menos possível os alunos", disse Vítor Serrario, porta-voz dos pais. A direcção da escola chamou a GNR, que retirou os cadeados, mas os pais formaram um cordão humano para manter a interdição às instalações. Também se limitou ontem o encerramento do Colégio S. Teotónio, em Coimbra, já que os pais entenderam que "o alerta para o problema está dado, mas é necessário minimizar os danos para os alunos", disse Paulo Alcobia, presidente da AP. No Externato D. Afonso Henriques, em Resende, o boicote reuniu centenas de pais, professores e alunos. "Caso se avancem com os cortes teremos de dispensar seis professores e reduzir horários a outros dez", explicou o padre José Augusto Marques, director da escola.
"Se houver redução de turmas então torna-se insustentável. A única alternativa, que é a Escola Secundária, já está lotada", disse. O externato tem 317 alunos do 7º ao 12º ano. "O preço do aluno no ensino oficial é de 5200 euros por ano e do privado de 4200 euros. No externato ainda foi mais barato: 3500. O nosso preço, antes dos cortes, está abaixo do que o Ministério prevê, por isso não nos digam que esbanjamos o orçamento", salientou o director.
No Colégio Rainha Santa Isabel, Coimbra, o protesto dos pais vai prolongar-se até amanhã. "Não há prejuízo para os alunos, porque a escola tem condições de repor as matérias", disse João Asseiro, presidente da Associação de Pais, destacando que "é melhor fechar agora por uns dias para não ter de fechar em definitivo no futuro".
Estadão
O Governo reduziu as verbas para os colégios com contrato de associação de 114 mil para 80 mil euros por turma. "Os colégios que quiserem celebrar os contratos celebrarão, os que não quiserem, não celebram", afirmou a ministra. De 93 escolas, 57 já assinaram.
No Externato João Alberto Faria, Arruda dos Vinhos, os pais fecharam o portão. "Esta é a única escola do concelho há 40 anos e se fechar não há alternativa", afirmou ao CM Hernâni Silva, presidente da Associação de Pais (AP). Os professores aceitaram reduzir os salários em 20 por cento e os funcionários abdicaram do subsídio de refeição. No Colégio João de Barros, em Meirinhas, Pombal, as portas também se fecharam, mas hoje as aulas são retomadas, de forma a "prejudicar o menos possível os alunos", disse Vítor Serrario, porta-voz dos pais. A direcção da escola chamou a GNR, que retirou os cadeados, mas os pais formaram um cordão humano para manter a interdição às instalações. Também se limitou ontem o encerramento do Colégio S. Teotónio, em Coimbra, já que os pais entenderam que "o alerta para o problema está dado, mas é necessário minimizar os danos para os alunos", disse Paulo Alcobia, presidente da AP. No Externato D. Afonso Henriques, em Resende, o boicote reuniu centenas de pais, professores e alunos. "Caso se avancem com os cortes teremos de dispensar seis professores e reduzir horários a outros dez", explicou o padre José Augusto Marques, director da escola.
"Se houver redução de turmas então torna-se insustentável. A única alternativa, que é a Escola Secundária, já está lotada", disse. O externato tem 317 alunos do 7º ao 12º ano. "O preço do aluno no ensino oficial é de 5200 euros por ano e do privado de 4200 euros. No externato ainda foi mais barato: 3500. O nosso preço, antes dos cortes, está abaixo do que o Ministério prevê, por isso não nos digam que esbanjamos o orçamento", salientou o director.
No Colégio Rainha Santa Isabel, Coimbra, o protesto dos pais vai prolongar-se até amanhã. "Não há prejuízo para os alunos, porque a escola tem condições de repor as matérias", disse João Asseiro, presidente da Associação de Pais, destacando que "é melhor fechar agora por uns dias para não ter de fechar em definitivo no futuro".
Estadão
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