Quem foi "Giordano Bruno"

Giordano Bruno foi um teólogo, filósofo, escritor e frade dominicano italiano condenado à morte na fogueira pela Inquisição romana (Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício) por heresia. É também referido como Bruno de Nola ou Nolano.

Formação:
No seminário, estudou Aristóteles e Tomás de Aquino, predominantes na doutrina Católica da época, doutorando-se em Teologia. Suas ideias avançadas atraíram perseguições. Em 1576 foi acusado de heresia, levado a Roma para ser julgado. Poucos meses depois, abandonou o hábito e em 1579 deixou a Itália. Iniciou, então, o período de peregrinação de sua vida. Em Gênova, ainda em 1579, aparentemente, adotou o Calvinismo, o que profundamente a filosofia de negou mais tarde ao ser julgado em Veneza. Foi excomungado pelos calvinistas e expulso de Gênova. Viajou sucessivamente para França (Toulouse, Paris), Suíça e Inglaterra. Em Londres, onde permaneceu de 1583 a 1585, esteve sob a proteção do embaixador francês, e frequentou o círculo de amigos do poeta inglês Sir Philip Sidney. Em 1585, Bruno retornou a Paris, indo em seguida para Marburg, Wittenberg, Praga, Helmstedt e Frankfurt, onde conseguiu publicar vários de seus escritos. Recebeu influências de culturas diversas. Culto e dotado de grande sagacidade, Bruno desenvolveu ideias inovadoras e muito avançadas para sua época, que misturavam neoplatonismo místico e panteísmo. Adepto do humanismo, corrente socióloga do Renascimento (cujo principal representante é Erasmo), Bruno defendia o infinito cósmico e uma nova visão do homem. Embora a filosofia da sua época estivesse baseada nos clássicos antigos, com destaque para Aristóteles, Bruno teorizou veementemente contra eles. Sua forma e seu conteúdo são muito semelhantes aos de Platão, escrevendo na forma de diálogos e com a mesma visão. Por tudo isso, é considerado um precursor da filosofia moderna, tendo influenciado decisivamente o filósofo holandês Baruch de Espinoza e o pensador alemão Gottfried Wilhelm von Leibniz.

Prisão Julgamento e Exexução
Giovanni Mocenigo, membro de um das mais ilustres famílias venezianas, encontrou Bruno em Frankfurt em 1590 e convidou-o para vir a Veneza, a pretexto de ensinar a mnemotécnica, a arte de desenvolver a memória, em que Bruno era perito. Segundo Will Durant (História da Civilização, volume VII), Bruno estava há muitos anos na lista dos fora da lei pela Inquisição, ansiosa por prendê-lo por suas doutrinas subversivas, mas Veneza gozava da fama de proteger tais foragidos e o filósofo sentiu-se encorajado a cruzar os Alpes e regressar. Como Mocenigo quisesse usar as artes da memória com fins comerciais, segundo alguns, ou para prejudicar seus concorrentes e inimigos, conforme outros, Bruno negou-se a lhe ensinar. Segundo Durant, Mocenigo, católico piedoso, assustava-se com "as heresias que o loquaz e incauto filósofo lhe expunha", e perguntou a seu confessor se devia denunciar Bruno à Inquisição. O sacedote recomendou-lhe esperar e reunir provas, no que Mocenigo assentiu; mas quando Bruno anunciou seu desejo de regressar a Frankfurt, o nobre denunciou-o ao Santo Ofício. Mocenigo trancou-o num quarto e chamou os agentes da Inquisição para levarem-no preso, acusado de heresia. Bruno foi preso no San Castello no dia 23 de maio de 1592.

No último interrogatório pela Inquisição do Santo Ofício não abjurou e no dia 8 de fevereiro de 1600 foi condenado à morte na fogueira. Obrigado a ouvir a sentença ajoelhado, Giordano Bruno teria respondido com um desafio: Maiori forsan cum timore sententiam in me fertis quam ego accipiam ("Talvez sintam maior temor ao pronunciar esta sentença do que eu ao ouvi-la").
A execução de sua sentença ocorreu no dia 17 de fevereiro de 1600. Na ocasião teve a voz calada por um objeto de madeira posto em sua boca.

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