Mea culpa! Ao saber do apertado resultado da  eleição e ouvir o discurso da Presidente, cercada do seu “staff passado,  presente e futuro”, achei que o cenário preparado para esta explanação  estava mal ajeitado. A claque, muito agitada e hist érica,  impedindo que os acordes finais da voz de Dilma pudessem ser ouvidos,  aplaudindo freneticamente o Lula que lá estava feito papagaio de pirata,  lambendo a cria e sonhando com a transposição do São Francisco, e  viajando no Trem Bala que a comadre Dilma, depois que esteve na Disney,  inventou. E lá estava ele, sem saber pra onde ia, o que fazia e o que  sabia.    Dilma devia ter limpado o espaço e ficado sozinha no apelo  que fez a outra metade da população que nela não votou, prometendo  coibir a corrupção; prometendo fazer mudanças que a sociedade clama,  para reformar a política. Enfim, tudo que já prometeu e não fez! Devia  dizer que agora sua governança não estava mais designada ao partido,  apenas para manter o Lula sempre pres...