O Greenpeace traz um dado interessante neste aspecto: depois de mais de 400 anos desde que os portugueses aqui chegaram, o desmatamento não era mais que 1%; de 40 anos para cá esse número já chega a 17% – área equivalente aos territórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Não sei se vale a pena discutir quais aspectos – econômicos e políticos – levaram as pessoas a verem regiões do Norte brasileiro como entraves ao desenvolvimento do restante do país e, por isso, a necessidade de seu povoamento e industrialização.
O que para mim é crucial a partir de agora é pensar como poderemos continuar diminuindo nosso impacto, preservando o que ainda há e punindo aqueles que não o fizeram. É preciso chegar ao desmatamento zero, através da fiscalização das áreas protegidas, incentivo às populações locais que sempre viveram de forma sustentável para que continuem vivendo, aplicação das leis existentes e mesmo melhorias das que já existem, regularização fundiária(que está diretamente ligada ao uso da terra), etc. Um exemplo disso é o Fundo Amazôniaque tem por objetivo apoiar iniciativas que visem a preservação e uso sustentável dos recursos naturais da região amazônica.
A Amazônia atua diretamente no equilíbrio dos regimes de chuva no Brasil e, devido a estes desmatamentos e queimadas, podemos já estar sofrendo as consequências. Eu nunca fui ao norte do país, mas espero um dia poder visitá-lo e constatar de perto a imponência deste bioma que é a casa de inúmeros povos, animais e plantas, e que os alimenta e serve de moradia. Acho que cabe a nós, enquanto cidadãos, enquanto pessoas que entendem que o futuro que queremos é aquele que ajudamos a construir, fazer a nossa parte, cobrar e nos fazer ser ouvidos, sempre!
Fonte: http://essetalmeioambiente.com/
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