A população do município de Parauapebas, no sudeste do Pará, reclama da dificuldade no acesso aàinternet, alegando problemas com o serviço dos provedores que atendem a cidade, como a lentidão no acesso e a ausência de sinal recorrente.
Os usuários de Parauapebas contam com cinco provedores de internet via rádio, além de serviço de modem, oferecidos por operadoras de telefonia móvel. Empresários responsáveis pelos provedores locais justificam a má qualidade da internet no município destacando problemas de suporte físico.
A gerente do provedor local Skorpionet, Meire Camargo, apontou falhas na rede de energia elétrica como a maior dificuldade para garantir um acesso de qualidade à rede mundial de computadores. Porém, segundo Meire, nos últimos meses, as constantes quedas de tensão na cidade vêm diminuindo gradativamente, melhorando a prestação do serviço.
Outro problema é a falta link disponibilizado pela Embratel. A empresa estatal há anos não estaria expandindo os links aos provedores de Parauapebas. Além disso, eventuais rompimentos de fibra ótica no percurso Marabá/Parauapebas chegaram a causar a suspensão da internet local por até dois dias, por causa da demora no conserto e manutenção dos cabos de telecomunicação.
PREÇO
Outra reclamação dos internautas refere-se às altas taxas pagas pelo serviço. O município cobra o maior preço de internet no Brasil. Isto porque o custo do link da Embratel para a localidade seria altíssimo, portanto, os provedores acabam subindo as taxas cobradas.
“Não adianta cobrar somente dos provedores que oferecem os serviços em Parauapebas, até porque estamos cumprindo com nossa responsabilidade, embora com dificuldade, porque o governo federal não oferece condições técnicas para ampliarmos nossos negócios, por meio de suas concessionárias”, observa Hugo Arrais, gerente-administrativo do provedor local CKS Online.
Segundo Arrais, recentemente o governo federal, por meio da Telebrás, ampliou os serviços de internet para 72 municípios brasileiros, mas o Estado do Pará não foi beneficiado neste pacote.
Em abril deste ano, representantes de quatro provedores da cidade se reuniram com a Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas (Acip), na tentativa de encontrar soluções para os problemas com o link da Embratel.
Documentos assinados pela Acip e proprietários de provedores de internet foram encaminhados para Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Câmara Federal, Senado Federal, Ministério das Comunicações, Ministério Público, mas o problema ainda não foi resolvido.
Diário de Pará
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