Depois de receber cópias de depoimentos de testemunhas, o promotor de Parauapebas, Januário Constâncio, solicitou à Justiça o aditamento da denúncia do caso Ana Karina, desaparecida desde maio deste ano e cujo crime tem como principais acusados o pecuarista Alessandro Camilo de Lima, o "Macarrão", Florentino de Souza Rodrigues, o "Minêgo", Francisco de Assis Dias, o "Magrão", Pedro Ribeiro Lordeiro e Grasiela Barros de Almeida, a "Grasi".
De acordo com os novos depoimentos, o filho de Ana Karina teria nascido antes da execução da jovem, que estava grávida de 9 meses, sendo que, como estava toda ensangüentada e chorava muito, a criança foi colocada pelo pai, Alessandro Camilo, dentro do tambor onde já estava Ana Karina, que foi jogado em seguida no rio Itacaiúnas.
À época da prisão dos acusados, a nova versão do crime já teria sido revelada pelo pistoleiro "Magrão" aos policiais de plantão na Depol de Parauapebas. Em atenção ao pedido de aditamento, o juiz da 3ª Vara penal da comarca de Parauapebas, Líbio Araújo Moura, preferiu apreciar o requerimento somente durante a audiência de instrução e julgamento. "Verifico que o mesmo se fundamenta em novos elementos indiciários apresentados pela autoridade policial após o recebimento da ação penal e quando o feito se encontra em fase de citação, restando apenas o chamamento do acusado Francisco Assis Dias.
Entendo que o recebimento imediato do pedido causaria uma inversão tumultuária no andamento do processo, já que os réus estão presos e deveriam ser novamente citados a responder aos termos aditados à ação penal, causando atraso à colheita de provas", ressaltou o magistrado.
Em junho deste ano, após a conclusão do inquérito, a Justiça recebeu a denúncia contra os cinco acusados pelos crimes de duplo homicídio, sequestro e ocultação de cadáver. A comerciária Ana Karina desapareceu em Parauapebas no dia 10 de maio deste ano depois de entrar no carro do pecuarista Alessandro Camilo, pai da criança da qual ela estava grávida. Depois da prisão dos acusados eles disseram à polícia que a jovem foi assassinada a tiros de pistola em um terreno baldio, sendo que seu corpo foi colocado dentro de um barril de 200 litros que foi jogado do alto de uma ponte, nas águas do rio Itacaiúnas. Apesar de exaustivas buscas no local, o corpo de Ana Karina jamais foi encontrado.
Fonte: O liberal
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