Para identificar a originalidade destes produtos, máquinas com leitores óticos serão instaladas nas drogarias e emitirão uma luz verde, acompanhada de um sinal sonoro, quando o medicamento for verdadeiro. Os equipamentos deverão estar disponíveis nas farmácias entre seis e sete meses.
A Casa da Moeda será responsável por produzir os leitores óticos, desenvolvidos exclusivamente para reconhecer o marcador invisível de identificação. Este ano, a Anvisa já apreendeu 53.575 mil unidades de medicamentos falsificados e 62,9 toneladas de remédios sem registro, segundo dados divulgados pelo órgão.
Segundo a Anvisa, as etiquetas serão autoadesivas e aplicadas diretamente na parte interna das embalagens dos remédios. Elas terão um marcador, único e exclusivo, reconhecido apenas pelo leitor específico de autenticação. As etiquetas terão ainda uma numeração individual denominada Identificador Único de Medicamento (IUM), que será uma base para o sistema eletrônico de rastreabilidade.
De acordo com a gerente do Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Farmácia (CRF) de São Paulo, Paula Signorini, a Anvisa vai lançar o equipamento como forma de prevenir a falsificação de medicamentos, o que, atualmente, é um fator muito frequente no Brasil . "A criação do selo de segurança é muito importante. Há medicamentos com falsificações grotescas, mas que as pessoas não têm conhecimento e não sabem identificar se são verdadeiros ou não. Desta forma, acabam enganando o consumidor".
Dicas
Segundo Paula, foi pensando nisso que a Anvisa decidiu lançar o sistema. A gerente recomenda que as pessoas comprem sempre medicamentos nas farmácias licenciadas pela vigilância.
O próprio profissional, de acordo com ela, pode orientar o consumidor se o medicamento é realmente registrado. Para não cair nos golpes, o consumidor deve exigir nota fiscal, verificar o lote e a validade do produto e analisar a procedência do medicamento.
"Falsificar CDs e Dvds é uma coisa. Os medicamentos podem conter substâncias a mais ou a menos, que podem trazer sérios riscos à saúde da população e levá-las até a morte", explicou a profissional.
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