O avanço da dengue em Pernambuco deixa as autoridades da área de saúde em alerta máximo. As ações para combater o mosquito transmissor da doença começaram antes mesmo das chuvas. No Recife, a Secretaria Municipal de Saúde já intensificou o porta a porta nas áreas da cidade onde foram registrados mais casos este ano.No Bairro de Dois Unidos, onde o abastecimento de água é irregular e as pessoas precisam armazenar água em baldes e tonéis, agentes de saúde conversam com os moradores e tentam encontrar possíveis focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
A participação da comunidade continua sendo muito importante no combate à dengue. “a gente precisa que a população se engaje nessa luta contra a dengue, que tem que ser todo dia”, falou Otoniel Barros, gerente do Programa de Combate à Dengue no Recife.
Este ano, em Pernambuco, foram notificados 51.629 casos de dengue, o que representa um aumento de 600% em relação a 2009, quando foram notificados 7.369 casos.
Das 15 cidades que apresentam risco de um surto de dengue no país, 11 são da região Nordeste, e cinco estão em Pernambuco. Afogados da ingazeira, Floresta e Serra Talhada, no Sertão, Bezerros, no Agreste, e Camaragibe, na Região Metropolitana. De acordo com o Ministério da Saúde, entre as cinco capitais em situação de alerta, três são do Nordeste: Salvador, Maceió e Recife.
Se a expansão da dengue do tipo clássico assusta, quando se fala na dengue hemorrágica, a preocupação é ainda maior. Somente em Pernambuco, o número de casos subiu de cinco, em 2009, para 105, este ano. Um número vinte vezes maior.
O Secretário de Saúde do estado, Frederico Amâncio, disse que está atento ao avanço da doença e explicou o que está sendo feito para combater o mosquito: “é cíclico o número de casos. Em 2009, Pernambuco foi um dos estados que teve o menor número de casos no Brasil. Tivemos um crescimento muito grande em 2010. Estamos trabalhando para reduzir esse número em 2011 com uma série de ações e precisamos do envolvimento da população”.
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