Sem diagnóstico, tumor de criança cresce
Uma garotinha de apenas dois anos enfrenta há quatro meses e meio um tumor crescendo do lado esquerdo do rosto. Mas, nem assim é prioridade no serviço público de saúde. Após passar por vários atendimentos médicos, ainda permanece sem diagnóstico.
O Hospital Ophir Loyola, onde a criança foi atendida nos dias 10 de janeiro e 7 de fevereiro, deveria entregar ontem (18) os resultados dos exames realizados: tomografia, raio x, sangue e biópsia. Segundo o hospital informou através de nota, os exames estão prontos, exceto a biópsia, mandada a um laboratório terceirizado para estudo imuno-histoquímico para conclusão do diagnóstico e sem data informada para o resultado. Antes disso, não poderá ser feito parecer sobre cirurgia e internação.
O hospital só não avisou à família, que mora em Barcarena. Ontem, os pais e a menina acordaram às 4h da madrugada e às 5h pegaram um barco para Belém. Só aqui foram informados que os exames não estavam prontos e que não havia data prevista.
Os pais dizem que não foram orientados a dar qualquer medicação à filha.
O pai da criança, o ajudante de pedreiro Alaílson Macedo, conta que quando detectaram um caroço no rosto da filha, procuraram a unidade de saúde de Barcarena. O médico que os atendeu achou que a menina estava com caxumba. Como o caroço crescia muito, um mês depois, os pais retornaram ao médico, que disse que podia se tratar de problemas dentais e a encaminhou ao dentista, que afirmou que podia ser um abscesso.
Em dezembro de 2010, com a situação bem agravada, os pais levaram a menina novamente à unidade de saúde e, desta vez, obtiveram encaminhamento para o hospital Ophir Loyola.
No dia 10 de janeiro, ela foi atendida pela médica cirurgiã Deise Nunes, que requisitou exames, realizados dia 20. Nova consulta foi realizada dia 7 deste mês, quando foram solicitados novos exames.
“Ela precisa fazer logo essa cirurgia, pois já não consegue dormir direito, sente muitas dores de noite”, revela a mãe, apreensiva. A criança só se alimenta de comidas líquidas ou pastosas.
“Estamos desesperados com medo deste tumor estourar e a gente não saber o que fazer. Ninguém vê que é uma emergência?”, critica Alaílson.
(Diário do Pará)
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