A Importância de José Alencar para a Economia
Economistas reconhecem importância de Alencar para o setor
O ex-vice-presidente da República José Alencar, além de empresário bem-sucedido num setor difícil da economia – a indústria têxtil – teve um importante papel de avalista do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no primeiro mandato, diante do setor empresarial do país. Essa é a opinião do coordenador da área de Economia Aplicada da Fundação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro, Armando Castelar, e do professor do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB), José Matias Pereira.
Para Castelar, Alencar foi exemplo como “empresário extremamente competitivo”, pois demonstrou coragem para enfrentar a concorrência chinesa, “quando todos temiam que o setor [têxtil] no Brasil fosse tomado pelos asiáticos”. Ele destaca que Alencar investiu, comprou máquinas, modernizou sua empresa e saiu vitorioso da concorrência com os chineses, num setor que não tem commodities para garantir mercado no exterior, segundo Castelar. E marcou posição como uma frase que demonstra sua coragem e visão empresarial: “Estou pronto para vender camisas aos chineses em Pequim.”
O especialista considera que, em relação às taxas de juros no Brasil, José Alencar externou uma visão comum aos empresários, que se sentem pressionados pelo elevado patamar que vem sendo praticado no país há mais de duas décadas. “Ele ganhou muita visibilidade ao falar do assunto, pelo cargo que ocupava, mas o problema é como fazer isso sem aumentar a inflação.”
Para Armando Castelar, José Alencar não deve ser lembrado apenas por esses aspectos da sua vida pública, mas como “uma pessoa muito importante para os brasileiros pela sua coragem na luta contra o câncer. Ele foi uma pessoa muito especial, que manteve sempre o bom humor e uma visão otimista de vida.”
Para o economista da UnB José Matias Pereira, “a figura de José Alencar aparece no cenário nacional num contexto político complexo – transição da era Fernando Henrique para o primeiro governo Lula – quando, eleito senador por Minas Gerais. “Ele aceitou a convocação para participar da chapa de Lula e se tornou um avalista, diante dos empresários, que o futuro governo cumpriria os contratos e respeitaria as regras da economia, sem provocar sobressaltos no país.”
Esse papel, segundo o professor, foi bem exercido por José Alencar. “Ele trilhou o caminho do centro [na política] e possuía o estilo conciliador que caracteriza os políticos mineiros”. Assim, como vice-presidente, ele cumpriu um importante papel para ajudar a manter a economia estável no país.
Em relação às taxas de juros, o professor Matias diz que Alencar, ao defender a redução da Selic pelo Banco Central, nunca deixou de ter razão. “O caminho que o Brasil tem trilhado nas últimas duas décadas é realmente preocupante. E quando o mundo entrou em recessão e baixou as taxas, o Brasil manteve a política de juros altos”.
Apesar disso, o professor José Matias Pereira acha que o ex-vice-presidente da República “não pregou no deserto”, pois a postura dele levou ao debate público essa questão e foi relevante para o país.
Fonte:
DCI
O ex-vice-presidente da República José Alencar, além de empresário bem-sucedido num setor difícil da economia – a indústria têxtil – teve um importante papel de avalista do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no primeiro mandato, diante do setor empresarial do país. Essa é a opinião do coordenador da área de Economia Aplicada da Fundação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro, Armando Castelar, e do professor do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB), José Matias Pereira.
Para Castelar, Alencar foi exemplo como “empresário extremamente competitivo”, pois demonstrou coragem para enfrentar a concorrência chinesa, “quando todos temiam que o setor [têxtil] no Brasil fosse tomado pelos asiáticos”. Ele destaca que Alencar investiu, comprou máquinas, modernizou sua empresa e saiu vitorioso da concorrência com os chineses, num setor que não tem commodities para garantir mercado no exterior, segundo Castelar. E marcou posição como uma frase que demonstra sua coragem e visão empresarial: “Estou pronto para vender camisas aos chineses em Pequim.”
O especialista considera que, em relação às taxas de juros no Brasil, José Alencar externou uma visão comum aos empresários, que se sentem pressionados pelo elevado patamar que vem sendo praticado no país há mais de duas décadas. “Ele ganhou muita visibilidade ao falar do assunto, pelo cargo que ocupava, mas o problema é como fazer isso sem aumentar a inflação.”
Para Armando Castelar, José Alencar não deve ser lembrado apenas por esses aspectos da sua vida pública, mas como “uma pessoa muito importante para os brasileiros pela sua coragem na luta contra o câncer. Ele foi uma pessoa muito especial, que manteve sempre o bom humor e uma visão otimista de vida.”
Para o economista da UnB José Matias Pereira, “a figura de José Alencar aparece no cenário nacional num contexto político complexo – transição da era Fernando Henrique para o primeiro governo Lula – quando, eleito senador por Minas Gerais. “Ele aceitou a convocação para participar da chapa de Lula e se tornou um avalista, diante dos empresários, que o futuro governo cumpriria os contratos e respeitaria as regras da economia, sem provocar sobressaltos no país.”
Esse papel, segundo o professor, foi bem exercido por José Alencar. “Ele trilhou o caminho do centro [na política] e possuía o estilo conciliador que caracteriza os políticos mineiros”. Assim, como vice-presidente, ele cumpriu um importante papel para ajudar a manter a economia estável no país.
Em relação às taxas de juros, o professor Matias diz que Alencar, ao defender a redução da Selic pelo Banco Central, nunca deixou de ter razão. “O caminho que o Brasil tem trilhado nas últimas duas décadas é realmente preocupante. E quando o mundo entrou em recessão e baixou as taxas, o Brasil manteve a política de juros altos”.
Apesar disso, o professor José Matias Pereira acha que o ex-vice-presidente da República “não pregou no deserto”, pois a postura dele levou ao debate público essa questão e foi relevante para o país.
Fonte:
DCI
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