Em dia de pouco giro de negócios, mercados do mundo alternaram reações quanto à morte de Osama bin Laden
São Paulo O entusiasmo inicial dos mercados mundiais com o anúncio da morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda, deu lugar à cautela e temor de represálias.
No Brasil, o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retrocedeu 1,01% no fechamento, para os 65.462 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,13 bilhões.
As Bolsas europeias tiveram ganhos modestos, em uma rodada de poucos negócios. Nos EUA, as principais Bolsas valorizaram durante boa parte do pregão, mas fecharam no campo negativo: o índice Dow Jones teve leve queda de 0,02%, enquanto o índice mais abrangente S&P500 cedeu 0,18%.
Em sua estreia na Bolsa, a ação ordinária da rede Magazine Luiza valorizou 2,81%, sendo negociada por R$ 16,45, sendo um dos papéis de maior giro financeiro do dia.
Série de motivos
José Raymundo Jr., diretor da Wagner Investimentos, reconhece que os mercados realmente ficaram mais cautelosos perto do fechamento, mas nota que as Bolsas americanas, principalmente, já tinham motivos de sobre para cair. "O índice S&P500, que eu prefiro acompanhar, teve uma queda violenta com o terremoto no Japão, mas ´voltou´ em ´V´ (alta rápida e brusca). E essa Bolsa já ficou cara", comenta.
"No caso da Bovespa, o problema é que não tem ´gás´ para subir. O investidor compra quando chega o Ibovespa chega a 65 mil, 66 mil pontos, e volta a vender quando oscila entre 67 mil e 68 mil pontos", acrescenta.
Volume tímido
Há semanas o volume de negócios no mercado de câmbio doméstico tem estreitado, e não foi diferente neste início de mês, com um giro abaixo de US$ 2 bilhões na roda de dólar (negócios à vista) da BM&F, conforme dados preliminares.
Dessa forma, o preço da moeda americana oscilou entre R$ 1,570 e R$ 1,577, para encerrar o expediente na taxa de R$ 1,576, o que representa um acréscimo de 0,19% sobre o fechamento da semana passada. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,680 e comprado por R$ 1,520 nas casas de câmbio paulistas. Os mercados mundiais reagiram com algum entusiasmo ao anúncio da morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda, mas que arrefeceu ao longo do dia. A repercussão mundial teve uma tônica comum: a "celebração" pelo fim de um dos homens mais procurados do planeta cedeu lugar à cautela e o temor de represálias. O dólar, mais uma vez, perdeu força frente ao euro, que foi cotado por US$ 1,488, ante US$ 1,4835 na semana passada. Entre outras notícias importantes do dia, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,863 bilhão em abril e acumula cifra de US$ 5,032 bilhões em 2011. Leia mais em Internacional
Opinião do especialistaSituação do petróleo sofre nova influência
Célio Fernando Bezerra, Economista
Nesse atual cenário internacional, o petróleo é facilmente influenciado por qualquer fato político ocorrido no Oriente Médio, em virtude das maiores dificuldades em escoar a venda de petróleo de lá. Pode-se dizer que a morte de Osama Bin Laden, assim como a do filho de Kadafi, é mais um fator que conturba essa questão. Esse novo mundo, dividido entre os novos inimigos públicos (terroristas) e os outros, por si só, já é suficiente para causar um clima de tensão nos mercados internacionais. É inevitável dizer que mexer com grandes líderes do Oriente Médio traz repercussões econômicas. O mundo está em um momento de mudança de época, e lidar com questões religiosas e políticas sempre acaba por afetar a economia.
Diário do Nordeste
São Paulo O entusiasmo inicial dos mercados mundiais com o anúncio da morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda, deu lugar à cautela e temor de represálias.
No Brasil, o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retrocedeu 1,01% no fechamento, para os 65.462 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,13 bilhões.
As Bolsas europeias tiveram ganhos modestos, em uma rodada de poucos negócios. Nos EUA, as principais Bolsas valorizaram durante boa parte do pregão, mas fecharam no campo negativo: o índice Dow Jones teve leve queda de 0,02%, enquanto o índice mais abrangente S&P500 cedeu 0,18%.
Em sua estreia na Bolsa, a ação ordinária da rede Magazine Luiza valorizou 2,81%, sendo negociada por R$ 16,45, sendo um dos papéis de maior giro financeiro do dia.
Série de motivos
José Raymundo Jr., diretor da Wagner Investimentos, reconhece que os mercados realmente ficaram mais cautelosos perto do fechamento, mas nota que as Bolsas americanas, principalmente, já tinham motivos de sobre para cair. "O índice S&P500, que eu prefiro acompanhar, teve uma queda violenta com o terremoto no Japão, mas ´voltou´ em ´V´ (alta rápida e brusca). E essa Bolsa já ficou cara", comenta.
"No caso da Bovespa, o problema é que não tem ´gás´ para subir. O investidor compra quando chega o Ibovespa chega a 65 mil, 66 mil pontos, e volta a vender quando oscila entre 67 mil e 68 mil pontos", acrescenta.
Volume tímido
Há semanas o volume de negócios no mercado de câmbio doméstico tem estreitado, e não foi diferente neste início de mês, com um giro abaixo de US$ 2 bilhões na roda de dólar (negócios à vista) da BM&F, conforme dados preliminares.
Dessa forma, o preço da moeda americana oscilou entre R$ 1,570 e R$ 1,577, para encerrar o expediente na taxa de R$ 1,576, o que representa um acréscimo de 0,19% sobre o fechamento da semana passada. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,680 e comprado por R$ 1,520 nas casas de câmbio paulistas. Os mercados mundiais reagiram com algum entusiasmo ao anúncio da morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda, mas que arrefeceu ao longo do dia. A repercussão mundial teve uma tônica comum: a "celebração" pelo fim de um dos homens mais procurados do planeta cedeu lugar à cautela e o temor de represálias. O dólar, mais uma vez, perdeu força frente ao euro, que foi cotado por US$ 1,488, ante US$ 1,4835 na semana passada. Entre outras notícias importantes do dia, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,863 bilhão em abril e acumula cifra de US$ 5,032 bilhões em 2011. Leia mais em Internacional
Opinião do especialistaSituação do petróleo sofre nova influência
Célio Fernando Bezerra, Economista
Nesse atual cenário internacional, o petróleo é facilmente influenciado por qualquer fato político ocorrido no Oriente Médio, em virtude das maiores dificuldades em escoar a venda de petróleo de lá. Pode-se dizer que a morte de Osama Bin Laden, assim como a do filho de Kadafi, é mais um fator que conturba essa questão. Esse novo mundo, dividido entre os novos inimigos públicos (terroristas) e os outros, por si só, já é suficiente para causar um clima de tensão nos mercados internacionais. É inevitável dizer que mexer com grandes líderes do Oriente Médio traz repercussões econômicas. O mundo está em um momento de mudança de época, e lidar com questões religiosas e políticas sempre acaba por afetar a economia.
Diário do Nordeste
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