Atentados deixam 26 mortos no centro do Iraque
DIWANIYA, Iraque — O Iraque teve uma terça-feira violenta, seis meses antes da retirada total das forças americanas, com a morte de 26 pessoas, em sua maioria policiais, em atentados suicidas que tinham como alvo o governador de Diwaniya, na região central do país.
Initisar al-Musawi, funcionário do governo provincial, afirmou que o "ataque foi cometido pela Al-Qaeda para matar o governador", Salem Husseibn.
Os atentados deixaram 26 mortos e 29 feridos, segundo o ministério da Defesa.
"A primeira explosão aconteceu quando um homem-bomba tentou forçar a entrada em um posto de controle com o objetivo de atacar a casa do governador, perto da entrada principal. A segunda aconteceu no mesmo local, três minutos depois", afirmou uma fonte do ministério.
Um balanço inicial de uma fonte médica em Diwaniya, 160 km ao sul de Bagdá, registrava 21 mortos, todos policiais, e 35 feridos.
Quase todos os corpos ficaram 100% carbonizados.
Um coronel da polícia disse à AFP que os atentados tinham como alvo o comboio do governador, que estava prestes a deixar a residência. O gabinete de Hussein informou que o político, membro do partido Dawa do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, escapou ileso.
Ao que parece, o governador escapou do ataque por sair de casa um pouco mais tarde que o habitual.
As explosões foram tão violentas que o muro e a fachada da residência desabaram parcialmente.
Outras regiões do país também foram cenários de atentados nesta terça-feira. Em Awlad Muslim, 60 km ao sul de Bagdá, na província de Babilônia, duas pessoas morreram e oito ficaram feridas, incluindo dois policiais, na explosão de uma bomba em um café.
Ao leste de Bagdá uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas em uma explosão que tinha uma patrulha do Exército como alvo.
Na zona oeste da capital, outra pessoa faleceu na explosão de uma bomba em um micro-ônibus.
Tudo indica que a Al-Qaeda decidiu, há três meses, atacar os governadores iraquianos em uma tentativa de paralisar a atividade econômica nas regiões.
A violência no Iraque está em retrocesso, mas não desaparece. Em maio foram 177 mortos em ataques, segundo números oficiais. A maioria dos ataques é executada com bombas deixadas às margens das estradas ou com pistolas com silenciadores.
Segundo a empresa de segurança privada AKE, os atentados estão em alta desde o início do ano, com uma média de mais de 10 incidentes violentos por dia em maio, contra quatro ou cinco em janeiro.
Mais de oito anos depois da invasão do país árabe por uma coalizão internacional liderada por Estados Unidos e Grã-Bretanha, o Exército americano continua com 45.000 homens no Iraque, dedicados à formação das forças iraquianas.
A retirada militar americana está prevista para o fim de 2011.
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