Segurança nuclear tem de ser melhorada, diz AIEA
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, pediu hoje uma revisão de segurança global para que sejam evitados novos desastres nucleares, mas reconheceu que tendo em vista que a AIEA carece de autoridade para obrigar o cumprimento de medidas, quaisquer melhorias só serão eficazes se os países decidirem aplicá-las.
Amano também foi alvo de críticas de Fereidoun Abbasi, diretor do programa nuclear iraniano, que pediu que a agência se concentre em assuntos de segurança nuclear e pare de dar atenção a "questões marginais e sem fundamento", já que a AIEA tem estudado a fundo as denúncias de que o Irã busca a construção de armas nucleares.
As declarações de Amano durante uma reunião de ministros de governo e outros delegados dos 151 membros da AIEA refletem o fato de que a maioria dos países querem que novas medidas de segurança sejam voluntárias e que seu trabalho seja observado apenas por países que têm reatores nucleares.
"Até mesmo os melhores padrões de segurança são inúteis, a menos que sejam realmente implementados", disse Amano.
A ministra francesa da Ecologia, Nathalie Kosciusko-Morizet, forte opositora de regulações exteriores, disse durante a reunião que "a implementação dos padrões atuais de segurança depende, obviamente, da boa vontade de cada país, já que a segurança nuclear é primordialmente uma responsabilidade nacional".
Um relatório da AIEA compilado por especialistas internacionais antes da conferência em Viena refletiu as limitações de se depender da adesão voluntária. O documento responsabilizou o Japão por não ter implementado uma série de medidas de segurança e recomendações da AIEA nos últimos anos, o que levou ao desastre de Fukushima.
Perguntado, fora da reunião, se gostaria que a AIEA tivesse a mesma autoridade contra os países infratores que a agência já tem contra países que proliferam armas nucleares, que inclui o envio ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Amano disse: "Eu não excluo essa possibilidade."
A declaração adotada pela conferência também mostrou que os participantes da reunião estavam dispostos a elevar as atuais práticas de segurança e medidas de emergência sem conferir à AIEA o poder de exigir o cumprimento da lei.
O documento pede um compromisso para "fortalecer o papel central da AIEA na promoção da cooperação internacional e na coordenação dos esforços internacionais para fortalecer a segurança nuclear global, ao fornecer expertise e aconselhamento neste campo e na promoção da cultura da segurança nuclear em todo o mundo".
Delineando um projeto de cinco pontos para fortalecer a segurança de reatores nucleares, Amano pediu o reforço dos padrões da AIEA e a certeza de que eles serão aplicados; o estabelecimento de revisões regulares de segurança em todos os reatores; o reforço dos organismos nacionais de regulação; o fortalecimento dos sistemas de resposta globais de emergência e o aumento de recursos para emergências.
Amano também pediu que a Escala Internacional de Acidentes Nucleares, mais conhecida como INES, que classifica incidentes nucleares numa escala de sete pontos, seja renovada.
O acidente de março na usina Daiichi foi elevado para sete - o nível mais alto da escala - apenas no dia 12 de abril, mais de um mês depois do terremoto de magnitude 9 e do devastador tsunami que atingiu os sistemas de resfriamento do reator de Fukushima, que deram início ao vazamento de radiação para a atmosfera.
Falando pelo Japão, o ministro da Economia, Banri Kaieda, afirmou que seu país "tomará medidas drásticas para assegurar o maior nível de segurança" para sua rede de reatores. As informações são da Associated Press.
Paraná On Line
Amano também foi alvo de críticas de Fereidoun Abbasi, diretor do programa nuclear iraniano, que pediu que a agência se concentre em assuntos de segurança nuclear e pare de dar atenção a "questões marginais e sem fundamento", já que a AIEA tem estudado a fundo as denúncias de que o Irã busca a construção de armas nucleares.
As declarações de Amano durante uma reunião de ministros de governo e outros delegados dos 151 membros da AIEA refletem o fato de que a maioria dos países querem que novas medidas de segurança sejam voluntárias e que seu trabalho seja observado apenas por países que têm reatores nucleares.
"Até mesmo os melhores padrões de segurança são inúteis, a menos que sejam realmente implementados", disse Amano.
A ministra francesa da Ecologia, Nathalie Kosciusko-Morizet, forte opositora de regulações exteriores, disse durante a reunião que "a implementação dos padrões atuais de segurança depende, obviamente, da boa vontade de cada país, já que a segurança nuclear é primordialmente uma responsabilidade nacional".
Um relatório da AIEA compilado por especialistas internacionais antes da conferência em Viena refletiu as limitações de se depender da adesão voluntária. O documento responsabilizou o Japão por não ter implementado uma série de medidas de segurança e recomendações da AIEA nos últimos anos, o que levou ao desastre de Fukushima.
Perguntado, fora da reunião, se gostaria que a AIEA tivesse a mesma autoridade contra os países infratores que a agência já tem contra países que proliferam armas nucleares, que inclui o envio ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Amano disse: "Eu não excluo essa possibilidade."
A declaração adotada pela conferência também mostrou que os participantes da reunião estavam dispostos a elevar as atuais práticas de segurança e medidas de emergência sem conferir à AIEA o poder de exigir o cumprimento da lei.
O documento pede um compromisso para "fortalecer o papel central da AIEA na promoção da cooperação internacional e na coordenação dos esforços internacionais para fortalecer a segurança nuclear global, ao fornecer expertise e aconselhamento neste campo e na promoção da cultura da segurança nuclear em todo o mundo".
Delineando um projeto de cinco pontos para fortalecer a segurança de reatores nucleares, Amano pediu o reforço dos padrões da AIEA e a certeza de que eles serão aplicados; o estabelecimento de revisões regulares de segurança em todos os reatores; o reforço dos organismos nacionais de regulação; o fortalecimento dos sistemas de resposta globais de emergência e o aumento de recursos para emergências.
Amano também pediu que a Escala Internacional de Acidentes Nucleares, mais conhecida como INES, que classifica incidentes nucleares numa escala de sete pontos, seja renovada.
O acidente de março na usina Daiichi foi elevado para sete - o nível mais alto da escala - apenas no dia 12 de abril, mais de um mês depois do terremoto de magnitude 9 e do devastador tsunami que atingiu os sistemas de resfriamento do reator de Fukushima, que deram início ao vazamento de radiação para a atmosfera.
Falando pelo Japão, o ministro da Economia, Banri Kaieda, afirmou que seu país "tomará medidas drásticas para assegurar o maior nível de segurança" para sua rede de reatores. As informações são da Associated Press.
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