Em vinte anos, precisaremos de um segundo planeta

O Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) é taxativo: devido à excessiva exploração e poluição, precisaremos de um novo planeta Terra até 2030 se mantivermos as mesmas taxas de danos à natureza. Metade de nossa população de 6,8 bilhões de pessoas, segundo a ONG internacional, vive em desacordo com os padrões sustentáveis de estilo de vida. Isso sem falar que a estimativa da organização leva em conta as estimativas de crescimento populacional feitas pela ONU, que segundo eles estão abaixo do que realmente deve acontecer.


O cálculo que os levou a fazer tal afirmação diz respeito à poluição. Daqui a 20 anos, precisaremos do dobro da capacidade atual em capacidade de capturar CO2. Sem isso, haverá um inevitável desequilíbrio nas taxas de recursos naturais do ecossistema, e (ponto para os apoiadores da teoria de aquecimento global) no clima do planeta.


O cálculo ainda dá uma grande alfinetada nos norte-americanos: eles afirmam que, se o mundo todo tivesse a mesma taxa de consumo da população dos EUA, não precisaríamos apenas de mais um planeta Terra até 2030, e sim de quatro Terras e meia. O relatório indica que tivemos uma queda média de 30% na biodiversidade no mundo. Considerando apenas os trópicos, essa taxa é de 60%.
A receita para evitar que precisemos de um novo planeta (já que dificilmente teremos) já é conhecida: sustentabilidade. Investir em meios de manter o mesmo nível de qualidade de vida explorando menos os recursos naturais. Em suma, o desafio é garantir o uso destes mesmos recursos para as próximas gerações sem precisar diminuir o nosso próprio.

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