O Tevatron, o segundo maior acelerador de partículas do mundo, foi desligado na última sexta-feira por falta de verba para mantê-lo funcionando.
Construído em 1983 a um custo de US$120 milhões (acoplado às instalações do Fermi, que já havia custado US$243 milhões), ele foi importante para grandes descobertas, mas acabou ultrapassado pelo LHC. Curiosamente, o acelerador europeu teve sua tecnologia baseada e aprimorada a partir da construção americana.
O equipamento do Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab),em Illinois, Estados Unidos, era o segundo maior acelerador do mundo, atrás apenas do LHC, o equipamento localizado no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN).
Há meses os cientistas vinham tentando obter recursos do governo dos EUA para prolongar as atividades do Tevatron por mais três anos. O objetivo era uma tentativa dos americanos de alcançar um grande feito na física antes do LHC: encontrar o bóson de Higgs, também chamado de partícula de Deus, uma peça de fundamental na teoria da formação do universo.
O pedido, no entanto, foi negado já que, por ano, são necessário US$35 milhões somente para manter o acelerador funcionando.
Na sexta-feira, milhares de funcionário do Fermilab e de colaboradores de todo o mundo acompanharam, presencialmente ou online, o último disparo realizado pelo Tevatron.
Os cerca de 100 funcionários envolvidos diretamente com o acelerador devem ser remanejados. Já os dados acumulados nos detectores devem ser usados para trabalhas futuros, ainda publicados pelos próximos dois anos, pelo menos.
Para o futuro o Fermilab planeja construir um novo equipamento: o mais poderoso acelerador linear de prótons, o Project X.
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