Educação na internet
Para Gabriel Rossi, a existência de publicações de baixa qualidade não é decorrente da popularização, e sim da ausência de orientação aos internautas. “O que a gente vê no Brasil é que ao mesmo tempo em que existe um crescimento substancial da banda larga no país, não existe muita educação virtual. A pessoa compra um computador e não necessariamente aprende a usá-lo”, explica o especialista.
Gabriel cita dois casos em que essa falta de instrução do usuário brasileiro, seja ele novato ou experiente, ficou em evidência: nas eleições presidenciais de 2010 e na campanha que criticou o tratamento do câncer do ex-presidente Lula.
“No caso do presidente Lula, o que se viu foi um debate superficial sobre a saúde pública. Já nas eleições, predominou nas redes uma batalha de militantes contra militantes. Em ambos os casos faltou conteúdo à discussão, faltou um aprofundamento. Nisso, a internet ainda precisa de certa verticalização, uma moderação, de modo a qualificar o debate”.
Ponte social
De acordo com o consultor, existem maneiras de contornar essa falta de orientação e melhorar o uso das mídias sociais por parte da população.
“Uma delas é a lan house. Ela não é apenas um comércio, é também uma ponte social. Nela que uma parte considerável dos usuários aprendeu a entrar no Orkut, no MSN e no Facebook, e também por ela podem ser feitas iniciativas para aprimorar o comportamento das pessoas na rede”.
“Além disso, é importante que as escolas participem dessa educação. Hoje, o aluno usa a tecnologia, mas não necessariamente tem uma visão da importância e do alcance dela”, aponta.
No entanto, Gabriel demonstra otimismo e acredita que, com o tempo, o internauta irá se qualificar . “Conforme o brasileiro for dominando melhor as ferramentas disponíveis na internet, é natural que ele também vai aprender a utilizá-las com qualidade”, conclui.
Band Tecnologia
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