BICICLETA É UMA DAS SOLUÇÕES PARA MELHORAR O CLIMA DO PLANETA

Em Amsterdã (foto), a bicicleta representa 40% do tráfego
A simples bicicleta que na infãncia de muita gente servia como diversão, hoje é mais do que brincadeira: é um caminho para a diminuir a emissão de poluentes. A poluição zero desse objeto de lazer e meio de transporte, além de contribuir para a camada de ozônio, ajuda a qualidade do ar, principalmente das grandes cidades que sofrem com as nuvens cinzas. Como vantagem adicional, o uso da bicicleta pode ajudar a diminuir o trânsito.

Aqui no Brasil as bicicletas são ainda modestamente adotadas como meio de transporte, mas em outros países, como a Holanda, representam um dos principais para deslocamento dos habitantes entre casa e trabalho, por exemplo. Em Amsterdã, o objeto de duas rodas faz parte da paisagem, com 40% do tráfego representada por ele.

Outras cidades como Barcelona, Copenhague, Paris, Portland (EUA) e Berlim também utilizam bastante a bicicleta. Só na capital alemã, 400.000 pessoas a utilizam para ir ao trabalho. Já na capital francesa, a importância pode ser medida pelas 1.450 estações disponíveis.

As maiores ciclovias se encontram justamente na Europa e EUA. Berlim é a que tem a maior faixa, com 750 km, seguida de Nova York, 675km, de Amsterdã com 475km, e Paris, com 394km. Bogotá e Rio de Janeiro aparecem na quinta e sexta colocações, respectivamente, com 359km e 240km.

Brasil

Apesar do Rio estar em uma posição de destaque, o tamanho da ciclovia não garante a adesão da maioria dos cariocas ao uso da bicicleta para fins que não sejam o do lazer. A ciclovia na cidade maravilhosa se restringe basicamente às orlas da Zona Sul e dos bairros da Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes e a bairros mais distantes da Zona Oeste, como Bangu, Campo Grande e Santa Cruz.

Nestes três bairros, o transporte público é escasso. Como os ônibus e trens se restringem às principais vias desses bairros, os maiores da cidade, e vans e motos servem como transporte alternativo apenas à uma parte do interior de tais locais, a bicicleta facilita a locomoção diária de trabalhadores e moradores que querem chegar ao centro dessas regiões.

Como forma de se tornar um transporte que sirva para o dia a dia, como na Zona Oeste, a Prefeitura do Rio vem desenvolvendo um projeto para expandir as áreas de trânsito exclusivo para as bicicletas. Em 2011, lançou a ciclofaixa, que já funciona na Zona Sul, Tijuca e Maracanã. A ciclofaixa, ao contrário da ciclovia, não tem um meio físico bem delimitado que os separe do espaço dos automóveis. A marcação é feita por uma coloração diferente na pista e delineada  por paralelepípedos de plástico intercalados com o asfalto.

Nesse sentido, representa um perigo para os ciclistas. Muitas pessoas alegam que não optam pela bicicleta pela falta de espaços seguros, que os protejam contra os automóveis. Na semana passada, em São Paulo, uma ciclista morreu atropelada por um ônibus justamente por que estava concorrendo com o espaço dos automóveis.

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