Comunidade brasileira cobra apuração de morte de jovem em Sydney
A comunidade brasileira cobra respostas na apuração dos fatos que
levaram à morte do brasileiro Roberto Laudisio Curti, no dia 18 de
março, em Sydney. Uma carta foi enviada ao ouvidor do Estado de New
South Wales (NSW), Bruce Barbour, responsável por acompanhar a
investigação conduzida pelo Departamento de Homicídios. O estudante
brasileiro foi perseguido pela polícia, após ser acusado de roubar um
pacote de biscoitos de uma loja de conveniências. Ele morreu ao ser
atingido por, ao menos, três disparos de pistolas de choque (taser).
No
texto, o Conselho da Comunidade Brasileira na Austrália (Bracca)
ressalta que os brasileiros estão interessados no resultado das
investigações. O Bracca lembra, ainda, que o estudante chegou a Sydney
com a intenção de aprender o idioma e se integrar às atividades
culturais e esportivas na cidade.
"Foi um final triste para alguém
que queria aproveitar o estilo de vida australiano", diz o documento,
que também pede transparência nas investigações. Segundo a presidente da
entidade, Socorro Simões Wilkinson, a sociedade brasileira precisa
respeitar as leis e o processo de investigação australianos, mas a
pressão é importante para garantir o direito da comunidade à verdade dos
fatos.
"Acreditamos que é justo e sensato pedir ao ouvidor que a
população seja informada e que a justiça seja feita", concluiu. No dia
18 de março deste ano, Curti foi morto em uma rua de Sydney durante uma
operação policial. Segundo relatos, ele teria sido perseguido por
policiais desconfiados de um furto de biscoitos de uma loja de
conveniência. O estudante foi imobilizado com armas elétricas e gás de
pimenta. Após a divulgação do caso, a família de Curti reagiu,
protestando que houve discriminação e descaso.
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