ENCONTRO EM PORTO ALEGRE DISCUTE COMBATE À PEDOFILIA

Especialista apresenta proposta para divulgação de conteúdos controversos

Há desde os temas mais brandos, como os hábitos sexuais dos casais felizes, até os mais controversos, como a liberação de filmes com conteúdo pedófilo, no 21º Congresso da Associação Mundial de Saúde Sexual, que ocorre até amanhã em Porto Alegre. O evento reúne médicos, terapeutas, e sexólogos de 88 países no Hotel Plaza São Rafael.

Embora o congresso discuta uma série de questões clínicas, são conteúdos de viés comportamental o centro das atenções. Na manhã de ontem, o filósofo finlandês Tommi Paalanen, especialista em ética sexual, condenou iniciativas que pretendem proibir na Europa todo tipo de conteúdo envolvendo adolescentes ou crianças nuas.

Paalanen, claro, não defende a pedofilia - e tampouco admite que meninos e meninas atuem em filmes pornográficos. Apenas acredita que, ao ter contato com materiais desse tipo, os pedófilos sentem aplacado seu desejo de abusar de crianças, e não estimulados a isso. Em sua conferência, o filósofo ergueu a foto de uma jovem, pedindo que a plateia dissesse sua idade. Doze anos, 14 anos, alguns arriscaram.

- Esta atriz pornô tem 22 anos. Poderá ser proibida de atuar em filmes voltados para um determinado público - afirmou Paalaner.


Para coibir que o apetite dos pedófilos tornem-se reais, ele defendeu a realização de filmes à base de computação gráfica, quadrinhos, desenhos - nunca envolvendo a atuação de crianças.

Entre os 109 convidados do evento - são 19 brasileiros e 90 estrangeiros-, a advogada gaúcha Maria Berenice Dias foi a única a abordar a homossexualidade. Lembrou que, há 25 anos, nenhum país reconhecia qualquer direito a gays e lésbicas. Apenas em 1989, na Dinamarca, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado. No Brasil, o direito só veio em 2011.

- Se o século 20 ficou marcado pelos avanços em relação às mulheres, o século 21 entrará na história como aquele que garantirá os direitos da população LGBT - disse Berenice em sua palestra.

A socióloga americana Pepper Schwartz, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, dedicou sua explanação aos hábitos sexuais dos casais felizes. Chamou a atenção por dizer que, de um modo geral, homens sentem mais falta de romantismo na relação do que as mulheres. Sua pesquisa com 90 mil pessoas do mundo inteiro mostrou que 60% deles clamam por mais sentimentalismo nos relacionamentos, enquanto 30% das mulheres exigem o mesmo.

Fonte: Zero Hora

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