A tarifa de energia aumentará de 21,25% a 39,49% em todo País.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira (3) o reajuste tarifário de mais seis distribuidoras de energia no país, além do referente à empresa CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá), que deveria ter tido a tarifa corrigida em 30 de novembro de 2014.

Os aumentos aplicados para as residências variam de 21,25% a 39,49%.
Na média –incluindo todos os tipos de consumidores, como residências, industriais e comércios– o aumento será de 45,7%.

O maior ajuste aprovado foi para a empresa CPFL Jaguari, que atende 38,4 mil unidades consumidoras no interior de São Paulo.

Para os consumidores residenciais, especificamente, o aumento é de 39,49%, enquanto para indústrias haverá um ajuste de 48,85%.
Os novos valores começam a valer imediatamente.

De acordo com o diretor-geral da agência, Romeu Rufino, o percentual elevado não indica uma tendência.

"É um ponto fora da curva em relação aos outros", disse. "Não é linear fazer comparação entre reajustes, porque a tarifa dessa empresa segue ainda abaixo de todas as demais empresas com características semelhantes", disse.
Segundo ele, esse aumento refletiu, em grande parte, o pagamento dos empréstimos tomados pelas distribuidoras no ano passado.

Como a tarifa da empresa é menor que as demais (e o aumento para cobrir empréstimos é linear) foi necessário aplicar um percentual maior de reajuste para conseguir recolher o valor adicional.
Entretanto, para a Energisa Borborema, que atende cerca de 166 mil unidades consumidoras na Paraíba, o aumento também foi elevado: média de 39,55% para todos os tipos de consumidores.
Nas residências o reajuste será de 40,19%, enquanto para alta tensão a tarifa vai subir 38,62%.

Para clientes da Energisa Borborema o aumento começa a valer a partir desta quarta-feira (4).

MAIS AUMENTOS
A CPFL Mococa, que atende 45 mil unidades consumidoras no interior de São Paulo, teve reajuste médio aprovado de 29,28%.
Para residências o aumento será de 27,21%. Já na alta tensão, como fábricas e indústrias, o aumento ficou em 35,37%.
Os ajustes nas tarifas da empresa já começam a valer nesta terça-feira (3).
Também imediatamente começa a valer o aumento da CPFL Santa Cruz, que atende cerca de 190 mil unidades consumidoras.
Na média, o aumento da empresa foi de 27,96%. Nas residências o aumento ficou em 28,99% e para alta tensão, 26,15%.

Nesta terça-feira (3) começam a valer ainda os novos valores para as tarifas da CPFL Sul Paulista, que atende 80 mil unidades consumidoras. Um aumento médio de 28,38%.

Para residências, a chamada baixa tensão, o aumento é de 25,8%. Na alta tensão, que envolve grandes centros comerciais e indústrias, o aumento será de 33,71%.
Vale de imediato também o reajuste aprovado para as tarifas da CPFL Leste Paulista, que atende 55 mil unidades consumidoras.
O aumento médio aprovado foi de 24,89%. Consumidores residenciais terão aumento de 24,73%. Para indústrias e consumidores de alta tensão o aumento é de 25,30%.
EMPRÉSTIMOS
A Aneel destacou que, em alguns casos, quase metade do reajuste aplicado se deve ao pagamento do empréstimo tomado pelas distribuidoras no ano passado.
Até o momento, a conta de empréstimos bancários está em R$ 17,8 bilhões, valor que será pago ao longo de dois anos.
O governo prevê a ampliação deste prazo de pagamento, fazendo com que essas parcelas fiquem mais diluídas. No entanto, até agora não formalizou a alteração com os bancos.

Ainda para fechar as contas pendentes de 2014, o governo prevê a intermediação de mais um empréstimo bancário, estimado em R$ 2,6 bilhões.
O processo vem sendo liderado pelo Ministério da Fazenda e, inicialmente, previa a participação exclusiva de bancos públicos.
Para Jaguari, por exemplo, isoladamente, o impacto do empréstimo representou 18,54 pontos percentuais do aumento. Para Leste Paulista foram 13,06 pontos percentuais. No caso da Sul Paulista, 13,41 pontos percentuais servem para pagamento dos empréstimos.

Para Santa Cruz, Mococa e Energisa Borborema foram respectivamente: 12,82; 12,69 e 15,20 pontos percentuais.
A agência frisou ainda que a nova tarifa de Itaipu acabou impactando também o tamanho dos reajustes aprovados.
Em dezembro do ano passado, o preço da energia vinda de Itaipu subiu 46,14%. Esse aumento deve refletir, principalmente, sobre consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

2014
Também referente a 2014, a Aneel aprovou nesta terça-feira (3) o reajuste tarifário da empresa CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá), que deveria ter tido a tarifa corrigida em 30 de novembro passado.
A empresa, porém, estava inadimplente. A regra imposta pela agência reguladora é que as empresas só têm direito ao reajuste caso estejam em dia com todos os encargos setoriais.
Como a elétrica resolveu suas pendências, a Aneel autorizou, com atraso, o aumento das tarifas da distribuidora.
O efeito médio dessa correção (incluindo todos os tipos de consumidores) será de 18,56%.

Para residências o aumento será de 21,25%. Enquanto para alta tensão esse ajuste será de 8,82%.

A correção será retroativa ao dia 30 de novembro de 2014.
Na conta de luz desses consumidores, o aumento começa a valer nos próximos dias, assim que for feita a divulgação oficial no Diário Oficial da União.

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